"Ele sabe o que assusta vocês!"

“Antes era o escuro que metia medo; agora passa a ser a luz...” De uma dimensão para além dos vivos, um terror que aniquila.
Da tela sem vida da televisão vem o horror que nos arrebata...POLTERGEIST, É a destruição apossando-se de uma criança inocente.

sexta-feira, 22 de março de 2019

Versão gay de Poltergeist


Para quem não sabe, em 2006 foi lançada uma versão gay de Poltergeist, o “Poltergay”. Filme homônimo francês lançado em 25 de outubro de 2006, dirigido por Éric Lavaine e baseado em uma ideia de Héctor Cabello Reyes (que também faz uma participação atuando), com roteiro de Héctor Cabello Reyes e Éric Lavaine.




O filme conta a história de Emma  (Julie Depardieu) e Marc (Clovis Cornillac), dois jovens amantes que mudam-se para uma casa desabitada há trinta anos. Porém, eles não sabem que em 1979, havia uma caverna sob a casa com uma discoteca gay, que pegou fogo quando uma máquina de espuma entrou em curto-circuito e cinco corpos nunca foram encontrados e que atualmente, a casa é assombrada por cinco fantasmas gays baladeiros e travessos. Apenas Marc é capaz de vê-los, e suas visões afastam Emma. Os fantasmas, tocados pelos problemas de Marc, fazem tudo ao seu alcance para ajudá-lo a recuperar sua namorada. 


Elenco do filme:
Clovis Cornillac (Marc)
Julie Depardieu (Emma)
Lionel Abelanski (Salopette)
Michel Duchaussoy (De Sorgue)
Philippe Duquesne (Michel)
Alain Fromager (David)
Georges Gay (Ivan)
Gilles Gaston-Dreyfus (Bertrand)
Jean-Michel Lahmi (Gilles)
Héctor Cabello Reyes (Psiquiatra)



No Brasil, uma versão de Poltergay está sendo desenvolvida pela Movie & Art, mas ainda sem data de lançamento. A direção cogitada é a do cineasta Felipe Joffily, conhecido por seus trabalhos com Bruno Mazzeo em ”Muita Calma Nessa Hora” (2010) e “E Aí… Comeu?” (2012). 


O longa promete levar a temática LGBT no estilo brasileiro ao gênero de terror, e contará a mesma história de cinco fantasmas gays que interagem com um jovem casal que se muda para uma casa sem saber que anteriormente ela havia sido uma boate gay.

Vamos aguardar e ver no que vai dar...


sábado, 26 de agosto de 2017

Tobe Hoper


Gente, hoje é um dia triste para os fãs de Poltergeist, pois faleceu Tobe Hoper, diretor do filme original de 1982, aos 74 anos de idade de morte não confirmada, em Sherman Oaks na Califórnia (EUA), deixando dois filhos.


Tobe nasceu em Austin, no Texas e aos 9 anos já demonstrava interesse por filmes. Na década de 60, antes de se tornar um cineasta, foi professor universitário lecionando cinema na Faculdade de Austin e produzia documentários. Ele já era formado há alguns anos antes como Cameraman e fotógrafo de documentários, bem antes do seu primeiro sucesso “O Massacre da Serra Elétrica” em 1974. O filme que custou menos de U$ 300 mil, tornou-se uma das produções americanas independentes mais rentáveis nos anos 70, sendo uma revolução visual no gênero, inspirado pelo caso real do assassino canibal em série Ed Gein, que mutilava suas vítimas cortava seus membros e fazia máscaras com a pele dos cadáveres. Porém, devido a cenas de extrema violência, foi banido em vários países e recebeu a censura máxima norte-americana com a classificação NC-17, chamada de X, na qual somente maiores de 17 anos podem assistir. Houve uma sequência em 1986, também dirigida por Tobe e mais leve e sem muito sucesso.


Seu primeiro filme chama-se "Eggshells" e fez parte do circuito universitário durante o ano de 1969, rendendo vários prêmios, mas sem nunca receber um projeto de Cinema. Tobe Hooper trabalhou em uma minissérie de TV escrita por Stephen King chamada Salem's Lot, um romance de terror e foi vencedor do prêmio World Fantasy Award de melhor romance em 1976. Em 1977, ele reuniu parte do elenco de sua primeira produção e produziu “Eaten Alive”, que nunca foi lançado no Brasil. Em 1981, dirigiu o sucesso “Pague para entrar, reze para Sair”, filme precursor de todos os filmes de parque de diversões macabros. Em 1982 dirigiu outro grande sucesso Poltergeist  - O Fenômeno, escrito e produzido por Steven Spielberg, com orçamento de U$ 11 milhões e lucro de U$ 76,6 milhões (IMDB). 

 Tobe Hoper no set de O Massacre da Serra Elétrica (1974)



Essa grande parceria com Spielberg o fez alcançar o auge de seu trabalho, com três indicações ao Oscar. Força Sinistra em 1985, “Invasores de Marte” em 1986, entre outros títulos e séries de sucesso. 

Entre 1986 e 1988, ele produziu vários filmes em formato para a TV, entre eles alguns episódios de Freddy Nightmare's, uma série de contos de terror exibida pela rede ABC que tinha como apresentador Robert Englund interpretando Freddy Krueger. 


Tobe Hoper no set de Força Sinistra (1985)

Na década de 90 depois da fase na TV, Tobe voltou ao Cinema com filme "Combustão Espontânea” de 1990, além de projetos menores. Tentou voltar à fama dirigindo dois filmes de Robert Englund (o eterno Freddy Krueger), “Terror Noturno” em 1993 e “Mangler, O Grito de Terror”. Voltou a fazer sucesso em 2003, quando Michael Bay o convidou para reescrever o roteiro e participar da produção do remake de “O Massacre da Serra Elétrica”. Após a parceria com Bay, Tobe Hooper iniciou o filme “Noites de Terror” de 2004 e filmou em 2005 “Mortuary”. Participou da série “Mestres do Terror”, para a qual dirigiu dois episódios. Tobe Hooper inventou o terror ultrarrealista que resulta até hoje em franquias como Sexta-Feira 13 e Jogos Mortais.

Tobe Hoper e Spielberg no set de Poltergeist - O Fenômeno (1982)


Hoper e Spielberg em momento de descontração durante as filmagens de Poltergeist - O Fenômeno (1982)

Tobe fez parte de uma geração de influentes cineastas do cinema independente americano como George Romero, John Carpenter, Joe Dante, Stuart Gordon, Wes Craven entre outros. Tobe será sempre lembrado como um dos grandes diretores de cinema de horror.



quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Poltergeist II - O Outro Lado


Filme produzido nos Estados Unidos em 1986, depois do grande sucesso do filme original de 1982, Poltergeis II – O Outro Lado é dirigido por Brian Gibson e tem o roteiro de Michael Grais e Mark Victor.
 
É muito comum filmar uma continuação de um filme que fez um sucesso estrondoso, é vantajoso financeiramente para os produtores e para o público em geral que tem interesse em saber como ficaram àqueles personagens que prenderam a sua atenção durantes todos os minutos do filme original. Porém, toda sequência tem uma tendência a sofrer preconceito da crítica, principalmente quando o filme original é tão cultuado.


Na continuação de Poltergeist – O Fenômeno, o filme conta o que aconteceu com a família Freeling após os acontecimentos aterrorizantes em Cuesta Verde. Entram em cena novamente alguns personagens do filme original como o patriarca Steve, a mãe Diane e seus filhos, Robbie e Carol Anne. Desta vez o personagem da irmã mais velha Danna, não apareceu nem foi citado durante o filme, pois a atriz que interpretou a irmã mais velha Dana, foi assassinada após a estreia do filme original de 1982.


Os Freeling desta vez estão morando em Phoenix - Arizona, na casa de Jessica/Jess (Geraldine Fitzgerald), mãe de Diane e avó das crianças. Tendo perdido a sua licença de imóveis, com problemas financeiros, sem contato com aparelhos de televisão e ainda traumatizados pelos acontecimentos anteriores, mas vivendo sem perder o bom humor e sempre na esperança de dias melhores, Steve é reduzido a vender aspiradores de porta em porta, enquanto tenta reaver com o seguro o prejuízo que teve com a sua casa no primeiro filme. Avó das crianças, Jess, revela para Diane que é uma “clarividente”, e diz que Diane e Carol Anne também são. 



Posteriormente Jess morre de causas naturais, mas não antes de dizer a Diane que sempre estarão com eles sempre que eles precisarem, mas tarde no filme, essa frase fará sentido. 


Quando Carol Anne certo dia se perde da mãe em um Shopping e se depara com uma figura estranha, um estranho velho de aparência decrépita e roupas pretas, e começa, mais uma vez, uma batalha do bem contra o mal. Auxiliados por Taylor, um índio amigo de Tangina, a clarividente do filme de 1982.

Esta continuação aparentemente tinha de tudo para não dar certo, pra parecer mais um caça-níquel que estamos acostumados a ver por aí,  pois como já disse, é uma sequência de um filme aclamado pela crítica e adorado no mundo inteiro, a equipe que produziu o original não é a mesma apesar de ter trazido alguns atores do original e a história tem uma atmosfera diferente, com uma inclusão no xamãnismo, para fugir e não repetir a obra original, mas fica algo diferente e legal, funciona bem.


O filme começa lento, em um local no topo de uma montanha onde ocorre um ritual mágico indígena, o roteiro de Grais e Victor se desenrola muito bem, mantendo o espectador intrigado e trazendo questões e contextos pertinentes à história. A família dessa vez mais alerta em relação ao sobrenatural, sempre protegendo uns aos outros , além da batalha que se trava entre o bem e do mal, personificados entre os personagens do índio, Taylor, e do velho, Henry Kane (que está muito bem, obrigado, neste filme).




Como sempre o elenco está brilhante, extremamente competente, o que ajuda a manter a trama interessante até o final. Encontramos uma Carol Anne(Heather O’Rourke), mais presente e falante neste filme, mas quem rouba a cena mesmo é o falecido ator Julian Beck, como o vilão Henry Kane, que seria a besta do primeiro filme materializada desta vez. 


Vale salientar que nesta continuação encontramos um vilão inspiradíssimo de corpo e alma. Julian Beck faz um trabalho genial em que só a sua presença já é perturbadora e, mesmo assim, não conseguimos tirar os olhos dele. A aparência debilitada do ator, por conta de um tratamento de câncer que fazia na vida real, apenas reforça seu trabalho corporal para compor o personagem: é perceptível a aura macabra de Kane em seu andar, sorriso, cantarolar e expressão – e isso não se deve a doença que enfrentava, e sim seu grande talento. A sequência em que ele faz uma visita a casa da família Freeling, caminhando lentamente e cantarolando, acompanhado de uma nuvem chuvosa, é muito bem dirigida e bem assustadora.


Ainda temos um retorno dos personagens a Cuesta Verde, ao que restou da sua antiga casa que implodiu no ar, e a descoberta do que havia embaixo da casa, além do que foi revelado no filme original de 1982. 


Zelda Rubinstein (Tangina) faz uma pequena participação neste filme e o “outro lado”, dessa vez, é apresentado ao público.


Poltergeist II – O Outro lado, é um ótimo entretenimento, com uma história sólida, diferente da original, o que se torna muito louvável e digna. Com muitas cenas de sustos e ótimos efeitos especiais e desfecho louvável, com humor sem perder a característica dos personagens e da trama. Vale a pena ver.

 











Elenco

•    Craig T. Nelson como Steve Freeling
•    JoBeth Williams como Diane Freeling
•    Oliver Robins como Robbie Freeling
•    Heather O'Rourke como Carol Anne Freeling
•    Zelda Rubinstein como Tangina Barrons
•    Will Sampson como Taylor
•    Julian Beck como Kane
•    Geraldine Fitzgerald como Vovó Jess
•    John P. Whitecloud como Velho índio
•    Jaclyn Bernstein como Diane quando criança
  



Curiosidades sobre a produção do filme

•    Poltergeist II - O Outro Lado é o 2º filme da série que teve início com Poltergeist - O Fenômeno (1982), existindo ainda uma outra sequência, chamada Poltergeist III - O Capítulo Final (1988).

•    Dana, a filha mais velha do primeiro filme interpretada por Dominique Dunne, foi originalmente destinado a se afastar da família para ir à faculdade na trama do segundo filme. No entanto, essa cena não foi filmada para a versão de cinema porque Dunne foi assassinada pelo namorado logo após o primeiro filme ser lançado. 

•    A fotografia principal do filme começou em 23 de maio de 1985. O filme foi cogitado na época em ser filmado em 3-D, nas cenas do aparecimento da Besta, da motosserra voando foram filmadas para aproveitarem o 3-D.

•    Várias cenas que apareceram na divulgação da imprensa ou em cartazes promocionais foram cortadas da versão final do filme, incluindo a cena em que Tangina confronta Kane quando ele tenta entrar na casa, e outra em que Steve e Diane vêm uma torradeira flutuando sobre a mesa do café da manhã mostrando a presença sobrenatural na nova casa. 

•    Swiss Surrealist, artista da HR Giger,  foi recomendado pela Metro-Goldwyn-Mayer para criar vários projetos para o filme. Como Giger não pode se afastar de Zurique por um longo período, seu colega Cornelius De Fries foi contratado para representar Giger no estúdio durante a produção. Giger acabou decepcionado com o resultado final, depois atribuindo o fracasso a sua ausência. "Quando o filme finalmente saiu eu pensei, “Que merda!”, “Mas eu não podia mudá-lo mais", disse Giger. "Não dava mais tempo. Então eu pensei que essa não foi uma boa escolha para se trabalhar. Se você quer trabalhar em um filme, você tem que estar lá o tempo todo e estar sempre de olho no que eles estão fazendo, se não for assim, eles farão o que quiserem”. Apenas dois dos projetos de Giger aparecem na versão final do filme, incluindo a versão em tamanho grande besta (Kane). 

Desenhos de Ginger da Grande Besta para o filme




 A grande besta de Giger com design da maquete de Cornelius De Dries

  
Concepção da grande besta
 
H.R. Giger maquete para Poltergeist II - O Outro Lado

Maquete da grande besta 



•    Depois da morte do ator Julian Beck, o dublador Corey Burton, foi trazido durante a pós-produção para repetir algumas de suas falas.
Música

A partitura musical de Poltergeist II - O Outro Lado, foi composta e regida pelo compositor Jerry Goldsmith, que tinha sido indicado ao Oscar pela trilha sonora do primeiro filme. Embora a música "Carol Anne’s Theme" seja da trilha sonora do primeiro filme, o repertório para “o Outro Lado”, é composto principalmente de material novo misturando elementos orquestrais tradicionais com novos sons eletrônicos. O álbum da trilha sonora foi lançado quatro vezes: por Varèse Sarabande em 1986, Intrada Records, em 1993, uma edição de luxo por Varèse Sarabande em 2003, e um conjunto de 2 CD’s de Kritzerland em 2013. 

Lançamento 

Apesar de ter sido bem sucedido financeiramente, Poltergeist II- O Outro Lado, foi um pouco decepcionante em comparação ao seu antecessor. No entanto, o filme ainda arrecadou respeitáveis U$ 40.996,665, de bilheteria nos Estados Unidos. Este filme e seu sucessor foram classificados como PG-13 pela MPAA. O original foi classificado como PG, como não houve classificação PG-13 na época (a classificação foi criada em 1984, em grande parte em resposta a filmes como Gremlins e Indiana Jones eo Templo da Perdição).

Home media 

MGM lançou Poltergeist II em DVD pela primeira vez em 26 de agosto de 2003, em uma coleção dupla caracterizada, juntamente com Poltergeist III. Em 13 de setembro de 2011, a MGM lançou o filme em Blu-ray.
MGM também lançou o filme em DVD na Região 2 e Região 4. Foi lançado no Reino Unido em 23 de Outubro de 2000 e na Austrália em 01 de setembro de 2006. Um pacote com DVD duplo contendo Poltergeist II e III juntos foi lançado na Região 4 em 8 de Novembro de 2010.

Poster do filme na África

 Livro

A novelização, intitulado Poltergeist II: The Other Side, foi escrita por James Kahn e publicada pela Ballantine Books em 1986. A capa traz uma imagem semelhante ao cartaz do filme.
Recepção
O filme possui uma classificação de 39% no Rotten Tomatoes baseado em 18 avaliações.


Premiações e Indicações 

Ano                     Associação                          Categoria                                     Resultado
 
1987                                 Oscar                                Melhores Efeitos Visuais                                        Nomeado

1987                            Saturn Award                  Melhor Filme Horror ou Suspense                             Nomeado

1987                            Saturn Award                         Melhor Efeitos Especiais                                      Nomeado
        
1987         Prêmio Framboesa de Ouro          Pior Atriz Coadjuvante - Zelda Rubinstein                   Nomeado
         
1987        Prêmio Jovem Artista            Melhor Jovem Atriz Coadjuvante - Heather O'Rourke       
Nomeado

 
A estatueta Young Artist Award